A origem do The Sharks começa no final dos anos 70, com o revival do rockabilly que estava rolando no Reino Unido. Alan Wilson desde sua infância era um fanático por rockabilly, e na ultima metade da década de 70 se encontrava tocando com uma banda chamada Dixie Rebels. No começo dos anos 80 mudaram o nome para The Sharks e fizeram diversas apresentações por todo Reino Unido e até mesmo apresentações em programas de TV. Numa dessas apresentações, um programa chamado "RPM" da BBC, Alan foi contatado por um jovem rapaz que tocava baixo chamado Steve Whitehouse. Após ver o programa Steve marcou uma audição com Alan, afim de entrar para banda. No momento o The Sharks constava com dois irmãos no baixo e bateria (Kevin e Paul Hancock), que tiveram que se afastar da banda para servirem como banda de apoio de dois grandes nomes do rockabilly americano Janis Martin e Ronniw Hawkins, em uma turnê pelo Reino Unido.
Sem musicos para banda, Alan entra em contato com Steve e o coloca no baixo, Steve já tinha um baterista em mente, Paul "Hodge" Hodges. Ambos entram para a banda e o line-up que era pra ser temporário se torna permanente. Logo gravaram uma demo que foi enviada a Nervous Records e assim veio o contrato para fazer um full album. A Nervous Records era a gravadora que estava encabeçando o que chamavam de "Neo-Rockabilly" e que mais tarde daria origem ao termo "Psychobilly". Lançado em 1983, o primeiro album do Sharks, "Phantom Rockers", se tornou um classico do estilo e como o proprio dono da Nervous, Roy Williams, se refere como "o arquetipo do neo-rockabilly britanico".
O album, mais de 20 anos depois de seu lançamento, até hoje vende muito bem, e já teve várias reprensagens. Aproveitando o sucesso do primeiro album o Sharks sai em turne européia em 83, mas devido a brigas entre Whitehouse e Alan Wilson a banda se separa no auge da fama. Alan se afasta dos palcos e segue carreira como produtor musical, e Steve forma outro dos grandes nomes do psychobilly dos anos 80, o Frenzy (que constava com Simon Brand do Torment em sua formação original). Hodge continua a tocar ocasionalmente com projetos de Steve e Wilson.
10 anos se passaram e Alan estava produzindo o album "Jamboree" dos Frantic Flintstones. O baixista desse album era Gary Day, baixista do primeiro album do Frantic Flintstones, Nitros (outra otima banda de neo-rockabilly) e esteve tocando por anos com Morrissey (ex-Smiths). Gary Day sugeriu a Alan Wilson retornar com o Sharks e se ofereceu como baixista para a volta. Então, em poucas semanas gravam o sensacional "Recrational Killer" em 1993, lançado pela Anagram. Uma turnê enorme aconteceu e o Sharks tocou como banda principal em grandes festivais da europa e escandinavia.
Devido a sua volta a banda de Morrissey Gary Day sai do Sharks, mas mesmo assim ainda grava um projeto solo chamado Gazmen, contando com Alan Wilson e Hodge como musicos de suporte (curiosidade: Gaz é o apelido adotado por Gary Day ao tocar com Morrissey). Um novo baixista precisava ser encontrado e para a surpresa de todos ninguem menos Steve Whitehouse se apresenta para voltar para a banda, voltando a line up clássico gravam o "Colour my Flesh" em 1995. Hodge sai da banda no mesmo ano e entra Ben Coorper (ex Restless) em seu lugar, em 1997 ele sai dando lugar a Carl Parry, que na epoca tocava guitarra com o Frenzy de Steve Whitehouse.
A banda continuou a se apresentar até 99 mas nunca mais lançaram nada de novo. Alan Wilson agora tem seu proprio selo e gravadora, a Western Star, produz bandas e ocasionalmente toca com projetos de seu grande amigo Chuck Harvey, vocalista do Frantic Flintstones (como Chuck and the Crack Pipes e Chuck & the Hulas). Steve Whitehouse ainda toca com o Frenzy, e Hodge hoje em dia mora na Espanha. Sharks foi uma banda importantissima para o psychobilly e para o neo-rockabilly, influenciando toda uma geração de bandas, e excencial para todos os verdadeiros ouvintes do estilo. TAKE A RAZOR TO YOUR HEAD!
Download dos discos
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