segunda-feira, 27 de julho de 2009
SKRUNCH - Entrevista + Discografia
Pra começar o blog, segue uma entrevista feita com Steven, baterista do Skrunch, pro zine ZORCH!, em meados de 2007. Logo abaixo, links pra download dos dois únicos albuns da banda.
1) Como foi o início do Skrunch e qual foi o seu primeiro contato com o Psychobilly e influências.
Se iniciou quando o Rockabilly e o Psycho eram populares na Holanda por volta de 85. Daniel (guitarra) era mais fã de Rockabilly e Patrick (baixo) e eu éramos mais fãs de Psychobilly como The Cramps, King Kurt, Guana Batz, etc...Eu não sei dos outros membros da banda, mas minhas influências eram ska, punk, metal e garage rock antigo. Em Amsterdã, havia um bar chamado Maloe Melo (ainda está lá), aonde muitos rockabillies e psychos frequentavam e onde todos tipos de bandas tocavam. Especialmente rockabilly. A primeira vez que eu vi Batmobile, eu fiquei impressionado. Era rápido, louco e tinha uma contra baixo acústico! Com toda a testosterona em mim, aquilo era a música que eu precisava. Haviam muitos festivais psychos na europa e especialmente na Alemanha, então você podia ir ver várias bandas todas as semanas se você quisesse. Banda da Inglaterra como Guana Batz, Frenzy, Torment, Krewmen, Demented Are Go, Coffin Nails, Long Tall Texans, dos EUA havia apenas o The Quakes, na Holanda havia o Rockatz, Lunatics, Batmobile, Bang Bang Bazooka, etc...
2) Como era a cena na Holanda no final dos anos 80 e como era a relação entre as bandas?
Eu acho que as bandas eram amigas, mas é claro que havia ódio, ciúmes e inveja, mas todo mundo podia se dar bem. Esse sempre foi um estilo de música agressivo e é claro que haviam idiotas como a Wrecking Crew na Alemanha que batia em todo mundo que era menor e visuais diferentes dos psychos. Mas no mainstream era se divertir, muita bebida, dança e fazer música.
3) Nos conte sobre o processo criativo e detalhes sobre os dois álbuns do Skrunch, Smelly Sally e The Skrunch.
Daniel e Patrick escreviam as músicas e eu apenas as tocava (eu nunca havia tocado bateria antes e você pode ouvir isso). Não havia realmente um processo criativo especial. Nós ensaiávamos a cada duas semanas e tocávamos todo mês durante 4 anos. Havia um cara que tinha uma gravadora (Tombstone) e nos ofereceu um pequeno contrato de gravação. Nós não tiramos muito dinheiro disso mas eu havia ouvido que ele tinha feito o mesmo o todas as bandas. Nós gravamos os dois álbuns em 2 dias e nós não achamos que eles são tão bons, mas nós ficamos felizes com eles.
4) Quando e por que vocês se separaram?
Nós nos separamos porque não conseguíamos nos dar bem mais e eu estava por dentro de música mais rápido e mais alto. Nos separamos em 1990 e fizemos um último show que foi terrível porque nós contamos ao guitarrista depois do show que nós queríamos nos separar e que aquele era o nosso último show. Ele ficou em choque.
5) Quais são seus projetos atuais?
Eu não tenho contato com Patrick que se tornou um doutor e teve suas tatuagens cirurgicamente removidas. Há alguns anos atrás eu encontrei Daniel (guitarra) novamente e nós dois tivemos um ensaio. Foi legal e nós mudamos, mas não era realmente o que eu procurava. Eu tenho tocado há 7 anos numa banda punk chamada Human Alerta (confira www.humanalert.com) e agora eu acabei de começar a tocar numa banda ao estilo de Nashville Pussy. Sem mais psycho ou rockabilly pra mim, mas eu ainda gosto de ouvir King Kurt e The Cramps.
6) Qual é a diferença da cena européia no final dos anos 80 pra cena atual?
Eu não tenho mais ido muito em shows psycho, mas pra mim parece que nada mudou, exceto que há menos psychos agora. Agora tá mais pra uma mistura de tudo. Se você escutar bandas americanas como Legendary Shack Shackers, você pode notar que eles se desenvolveram e têm mais influências do que antes. Os Psychos de hoje em dia gostam mais da mistura de ska, psycho e punk e existem muitas bandas que tocam esse "gênero".
7) Pra terminar, você quer deixar uma mensagem aos fãs de Skrunch?
Eu não quero deixar uma mensagem aos fãs de Skrunch porque eu não consigo acreditar que ainda haja fãs de Skrunch. Mas se eles estiverem por aí: apenas faça o que você quiser fazer, seja criativo e não deixe a música convencional tomar conta de você. Ou algo clicê como: keep on wrecking in a free world!
Download dos discos
tags:
* Discografia,
# Holanda,
$ Entrevista,
Skrunch
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário